SOBRE O MEME DO URÂNIO SUPOSTAMENTE DECAIR PARA HÉLIO
Uma partícula alfa é a mesma coisa que um átomo de hélio, como diz o "maior químico do Brasil"? Apenas dois prótons bastam para definir algo como "hélio", independentemente da presença de neutrons, elétrons, etc.?
Para responder a essas perguntas, vamos fazer um experimento mental chamado "reductio ad absurdum", ou "argumento por absurdo". Esse tipo de raciocínio funciona da seguinte forma: aceita-se por hipótese uma tese para ver a quais consequências essa tese leva. Se a partir dessa tese derivarem consequências absurdas, a tese será descartada "por absurdo".
Vamos aceitar, logo, a tese do "maior químico do Brasil" (obviamente estou sendo irônico, esse sujeito é uma vergonha, aposto que são anos que não abre um livro de química) de que qualquer coisa que apresente dois prótons é automaticamente um átomo de hélio, independentemente da presença (ou não) de uma eletroesfera. A consequência seria que qualquer núcleo atômico que apresente um número atômico múltiplo de dois seria formado por átomos de hélio!! Nesse universo paralelo eberlínico um núcleo de carbono, por exemplo, seria formado por 3 átomos de hélio.
Todavia, isso é impossível, pois, por definição, um átomo é a menor unidade fundamental de matéria que possa ser separada por processos químicos e reações químicas (ou seja, sem a ajuda de reações nucleares). Em outras palavras, é impossível que um átomo seja composto por outros átomos! Apenas moléculas são compostas de átomos.
Segundo a própria IUPAC, de fato, um átomo é definido como:
- Smallest particle still characterizing a chemical element. It consists of a nucleus of a positive charge ( is the proton number and the elementary charge) carrying almost all its mass (more than 99.9%) and electrons determining its size. -
Um átomo, logo, por definição, não pode ser composto por outros elementos químicos! Ademais, por definição, precisa possuir elétrons. Entendemos, em razão disso, que a tese inicial está incorreta e que o "maior químico do Brasil" precisa voltar a cursar a disciplina de química geral do primeiro semestre de graduação e parar de espalhar besteiras na net.
Boa noite, Eis uma evidência irrefutável do Designer Inteligente: Reparem como o designer projetou os nossos antepassados com a distância certinha entre as órbitas para serem predados por felinos! Amém 🙏
Vou tentar explicar melhor aqui, pois acho que não ficou muito clara, qual a razão pela qual esse argumento da tal da "Lei de Borel" para tentar refutar a origem da vida ou a evolução dos seres vivos não faz muito sentido. Em primeiro lugar, eu coloquei "Lei de Borel" entre aspas pois para uma afirmação ser uma lei dentro da estatística é preciso de uma demonstração matemática, que nunca foi fornecida nem pelo próprio Borel, que sempre considerou essa ideia como uma "rule of thumb", como uma "regra geral" não rigorosa. Mas vamos supor, por hipótese, que essa seja realmente uma lei e vamos testar se faz algum sentido. Esta é a definição que os defensores do DI dão de "Lei de Borel":
"Um evento específico com probabilidade menor do que 10^-50, na prática, nunca acontece no dia a dia"
Se levarmos essa definição ao pé da letra, bastaria achar apenas um evento observado com probabilidade <= a 10^-50 e mostraríamos uma exceção à lei, provando que a lei está errada por uma reductio ad absurdum. De fato, a probabilidade de qualquer sequência de cartas, após misturar um baralho, é equivalente a:
52! = 8*10^-67
Em outras palavras, qualquer sequência de cartas em um baralho após a sequência ter sido randomizada tem probabilidade de 17 ordens de grandeza menor do que o suposto "Limite de Borel", mostrando que eventos com probabilidade menor do que esse suposto limite são observados diariamente e provando assim por absurdo que a tese inicial é inválida.
Alguns críticos vieram contestar nos comentários que, no caso da extração aleatória das cartas de um baralho, embora a probabilidade de uma sequência específica seja extremamente baixa, a probabilidade da extração de uma sequência qualquer é igual a 1: a extração de uma sequência é de fato inevitável.
E esse é justamente o meu ponto! Não podemos inferir que um evento é impossível ou milagroso apenas pelo fato que aquele evento pertence a um espaço de tamanho incomensurável, astronômico. Pois, em alguns casos, uma extração é inevitável, embora não podemos saber com antecedência qual sequência será extraída.
Poderíamos afirmar sim que aquele evento é milagroso, se atribuirmos um valor específico, uma importância específica para apenas um elemento do espaço e apenas aquele elemento for extraído. Para que esse argumento faça algum sentido, portanto, defensores do DI precisam assumir a premissa de que apenas uma sequência funcional exista dentro do espaço de possibilidades das sequências de aminoácidos que formam uma proteína, por exemplo. Se esse fosse o caso - assumindo por hipótese que a sequência de uma proteína moderna seja fruto apenas de uma extração casual (o que não é o caso) - seria de fato legítimo acreditarmos em uma explicação extraordinária, milagrosa, prodigiosa quando formos encontrar exatamente aquela única sequência na natureza!
Infelizmente para os defensores do DI, a realidade mostra que não apenas o espaço das sequências possíveis de aminoácidos é astronômico, mas que também o subconjunto das sequências funcionais é extremamente vasto. Todos os dados da genética e da biologia molecular mostram que há grande polimorfismo nos genes que codificam as mesmas proteínas em diferentes seres vivos e que a sequência primária não é tão importante quanto a capacidade de manter uma estrutura secundária e terciária:
*the actual identity of most of the amino acids in a protein is irrelevant. An example in nature could be the prokaryotic DNA methyltransferases which each contain a target recognition domain (TRD) of approximately 150 amino acids that recognizes specific DNA sequences usually of 3–6 bp in length, and a conserved catalytic domain. The thousands of known TRD sequences show negligible amino acid sequence conservation despite the rather limited number of nucleotide sequences they are required to recognize.*
Em conclusão, um cálculo correto para a probabilidade de uma proteína formada a partir de uma sequência aleatória precisa necessariamente levar em conta dois termos, a saber:
N sequências funcionais P(Proteína com sequência randômica de aminoácidos ser funcional) = ---------------------------------------- N sequências possíveis
Obviamente, defensores do DI nunca levam em conta o numerador!
Fui dar uma olhada na tal da "Informação Especificada" do William Dembsky, que seria esse "xeque mate" a qualquer explicação naturalista da origem dos genomas dos seres vivos, para ver se se tratava realmente daquele esquema infantil e simplório da slide do Luiz ou se existiria alguma definição um pouco mais técnica. E realmente parece que é só uma analogia simplória e infantil mesmo. O que esse Dembsky argumenta? Ele argumenta (na verdade, ele nem sequer inventa o argumento, ele copia o termo do Leslie Orgel) que existiriam 3 tipos de sequências:
1. uma sequência repetida, por exemplo: ATATATATAT
2. Uma sequência randômica, por exemplo: asddfkjhhzx
3. Uma sequência que ele chama "complexa e especificada": NOMEIODOCAMINHOTINHAUMAPEDRA
Dai ele diz que o genoma conteria informação tipo a (3). Obviamente qualquer geneticista daria risada vendo isso. Além de ser uma analogia boba e não ser uma definição técnica, não funciona nem como analogia para o DNA, pois o genoma está cheio de (1), são chamados "tandem repeats": www.genome.gov/genetics-glossary/Tandem-Repeat#:~:…. Além disso, também há regiões cheias de (2), como centrômeros e telômeros, que possuem apenas função estrutural. Mas vamos supor que essa ideia de "complexidade específica" se aplique apenas para as regiões codificantes do genoma, para genes que codificam proteínas, como diz o Dembsky no texto. Ainda assim, a analogia (3) com um texto em português não se aplicaria, pois um texto em português vai quase sempre resultar incorreto se mudarmos apenas uma letra randômica e até nos casos em que uma palavra se torne outra com significado (no caso em que "casa" se torne "cara", por exemplo) ainda assim teremos a certeza que o significado do texto terá mudado. Ou seja, temos o 100% de probabilidade do significado do texto ser distorcido. Na genética, ao contrário, muitas mutações randômicas até em genes codificadores de proteínas são neutras quanto à funcionalidade daquela proteína. Mudar um nucleotídeo naquela sequência, muitas vezes, resulta na mesma proteína, se entendermos como "mesma proteína" uma proteína que não apresenta necessariamente a mesma sequência primária, mas que apresenta a mesma sequência secundária, terciária e desempenha a mesma função (ou seja, apresenta as mesmas propriedades bioquímicas). Em outras palavras, como já expliquei , a informação não é específica!
APÓS URÂNIO DECAI PARA HÉLIO, AGORA TEMOS C14 QUE DECAI PARA C12
A internet é um lugar incrível, parece um zoológico humano onde é possível encontrar e estudar espécies raras, como bancários aposentados que revolucionaram tudo o que nós sabemos sobre geologia com cálculo de juros compostos, professores de sociologia que revolucionaram a cosmologia e acabaram com a teoria do Big Bang com o auxílio de slides PowerPoint, especialistas em galos que já revolucionaram tudo o que nós sabemos sobre genética com vídeo de YouTube e, por fim, "doutores em química" formados na Wikipedia que, após o "Urânio?? Urânio decai para hélio!" decidiram que agora o C14 decai para C12 😂
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SOBRE O MEME DO URÂNIO SUPOSTAMENTE DECAIR PARA HÉLIO
Uma partícula alfa é a mesma coisa que um átomo de hélio, como diz o "maior químico do Brasil"?
Apenas dois prótons bastam para definir algo como "hélio", independentemente da presença de neutrons, elétrons, etc.?
Para responder a essas perguntas, vamos fazer um experimento mental chamado "reductio ad absurdum", ou "argumento por absurdo". Esse tipo de raciocínio funciona da seguinte forma: aceita-se por hipótese uma tese para ver a quais consequências essa tese leva. Se a partir dessa tese derivarem consequências absurdas, a tese será descartada "por absurdo".
Vamos aceitar, logo, a tese do "maior químico do Brasil" (obviamente estou sendo irônico, esse sujeito é uma vergonha, aposto que são anos que não abre um livro de química) de que qualquer coisa que apresente dois prótons é automaticamente um átomo de hélio, independentemente da presença (ou não) de uma eletroesfera.
A consequência seria que qualquer núcleo atômico que apresente um número atômico múltiplo de dois seria formado por átomos de hélio!!
Nesse universo paralelo eberlínico um núcleo de carbono, por exemplo, seria formado por 3 átomos de hélio.
Todavia, isso é impossível, pois, por definição, um átomo é a menor unidade fundamental de matéria que possa ser separada por processos químicos e reações químicas (ou seja, sem a ajuda de reações nucleares).
Em outras palavras, é impossível que um átomo seja composto por outros átomos!
Apenas moléculas são compostas de átomos.
Segundo a própria IUPAC, de fato, um átomo é definido como:
- Smallest particle still characterizing a chemical element. It consists of a nucleus of a positive charge ( is the proton number and the elementary charge) carrying almost all its mass (more than 99.9%) and electrons determining its size. -
(Fonte: goldbook.iupac.org/terms/view/A00493)
Um átomo, logo, por definição, não pode ser composto por outros elementos químicos!
Ademais, por definição, precisa possuir elétrons.
Entendemos, em razão disso, que a tese inicial está incorreta e que o "maior químico do Brasil" precisa voltar a cursar a disciplina de química geral do primeiro semestre de graduação e parar de espalhar besteiras na net.
Quod Erat Demonstrandum.
6 months ago (edited) | [YT] | 69
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Boa noite,
Eis uma evidência irrefutável do Designer Inteligente:
Reparem como o designer projetou os nossos antepassados com a distância certinha entre as órbitas para serem predados por felinos!
Amém 🙏
6 months ago | [YT] | 26
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A diferença entre um divulgador científico e um palpiteiro da internet 😉
6 months ago | [YT] | 26
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E ainda insistem nessa tal de "informação específica"
6 months ago | [YT] | 14
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SOBRE A TAL DE "LEI DE BOREL"
Vou tentar explicar melhor aqui, pois acho que não ficou muito clara, qual a razão pela qual esse argumento da tal da "Lei de Borel" para tentar refutar a origem da vida ou a evolução dos seres vivos não faz muito sentido.
Em primeiro lugar, eu coloquei "Lei de Borel" entre aspas pois para uma afirmação ser uma lei dentro da estatística é preciso de uma demonstração matemática, que nunca foi fornecida nem pelo próprio Borel, que sempre considerou essa ideia como uma "rule of thumb", como uma "regra geral" não rigorosa.
Mas vamos supor, por hipótese, que essa seja realmente uma lei e vamos testar se faz algum sentido.
Esta é a definição que os defensores do DI dão de "Lei de Borel":
"Um evento específico com probabilidade menor do que 10^-50, na prática, nunca acontece no dia a dia"
Se levarmos essa definição ao pé da letra, bastaria achar apenas um evento observado com probabilidade <= a 10^-50 e mostraríamos uma exceção à lei, provando que a lei está errada por uma reductio ad absurdum.
De fato, a probabilidade de qualquer sequência de cartas, após misturar um baralho, é equivalente a:
52! = 8*10^-67
Em outras palavras, qualquer sequência de cartas em um baralho após a sequência ter sido randomizada tem probabilidade de 17 ordens de grandeza menor do que o suposto "Limite de Borel", mostrando que eventos com probabilidade menor do que esse suposto limite são observados diariamente e provando assim por absurdo que a tese inicial é inválida.
Alguns críticos vieram contestar nos comentários que, no caso da extração aleatória das cartas de um baralho, embora a probabilidade de uma sequência específica seja extremamente baixa, a probabilidade da extração de uma sequência qualquer é igual a 1: a extração de uma sequência é de fato inevitável.
E esse é justamente o meu ponto! Não podemos inferir que um evento é impossível ou milagroso apenas pelo fato que aquele evento pertence a um espaço de tamanho incomensurável, astronômico.
Pois, em alguns casos, uma extração é inevitável, embora não podemos saber com antecedência qual sequência será extraída.
Poderíamos afirmar sim que aquele evento é milagroso, se atribuirmos um valor específico, uma importância específica para apenas um elemento do espaço e apenas aquele elemento for extraído.
Para que esse argumento faça algum sentido, portanto, defensores do DI precisam assumir a premissa de que apenas uma sequência funcional exista dentro do espaço de possibilidades das sequências de aminoácidos que formam uma proteína, por exemplo.
Se esse fosse o caso - assumindo por hipótese que a sequência de uma proteína moderna seja fruto apenas de uma extração casual (o que não é o caso) - seria de fato legítimo acreditarmos em uma explicação extraordinária, milagrosa, prodigiosa quando formos encontrar exatamente aquela única sequência na natureza!
Infelizmente para os defensores do DI, a realidade mostra que não apenas o espaço das sequências possíveis de aminoácidos é astronômico, mas que também o subconjunto das sequências funcionais é extremamente vasto.
Todos os dados da genética e da biologia molecular mostram que há grande polimorfismo nos genes que codificam as mesmas proteínas em diferentes seres vivos e que a sequência primária não é tão importante quanto a capacidade de manter uma estrutura secundária e terciária:
*the actual identity of most of the amino acids in a protein is irrelevant. An example in nature could be the prokaryotic DNA methyltransferases which each contain a target recognition domain (TRD) of approximately 150 amino acids that recognizes specific DNA sequences usually of 3–6 bp in length, and a conserved catalytic domain. The thousands of known TRD sequences show negligible amino acid sequence conservation despite the rather limited number of nucleotide sequences they are required to recognize.*
Em conclusão, um cálculo correto para a probabilidade de uma proteína formada a partir de uma sequência aleatória precisa necessariamente levar em conta dois termos, a saber:
N sequências funcionais
P(Proteína com sequência randômica de aminoácidos ser funcional) = ----------------------------------------
N sequências possíveis
Obviamente, defensores do DI nunca levam em conta o numerador!
Fonte: royalsocietypublishing.org/doi/full/10.1098/rsif.2…
7 months ago (edited) | [YT] | 17
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A TAL DA "INFORMAÇÃO ESPECIFICADA"
Fui dar uma olhada na tal da "Informação Especificada" do William Dembsky, que seria esse "xeque mate" a qualquer explicação naturalista da origem dos genomas dos seres vivos, para ver se se tratava realmente daquele esquema infantil e simplório da slide do Luiz ou se existiria alguma definição um pouco mais técnica.
E realmente parece que é só uma analogia simplória e infantil mesmo.
O que esse Dembsky argumenta?
Ele argumenta (na verdade, ele nem sequer inventa o argumento, ele copia o termo do Leslie Orgel) que existiriam 3 tipos de sequências:
1. uma sequência repetida, por exemplo: ATATATATAT
2. Uma sequência randômica, por exemplo: asddfkjhhzx
3. Uma sequência que ele chama "complexa e especificada": NOMEIODOCAMINHOTINHAUMAPEDRA
Dai ele diz que o genoma conteria informação tipo a (3).
Obviamente qualquer geneticista daria risada vendo isso.
Além de ser uma analogia boba e não ser uma definição técnica, não funciona nem como analogia para o DNA, pois o genoma está cheio de (1), são chamados "tandem repeats": www.genome.gov/genetics-glossary/Tandem-Repeat#:~:….
Além disso, também há regiões cheias de (2), como centrômeros e telômeros, que possuem apenas função estrutural.
Mas vamos supor que essa ideia de "complexidade específica" se aplique apenas para as regiões codificantes do genoma, para genes que codificam proteínas, como diz o Dembsky no texto.
Ainda assim, a analogia (3) com um texto em português não se aplicaria, pois um texto em português vai quase sempre resultar incorreto se mudarmos apenas uma letra randômica e até nos casos em que uma palavra se torne outra com significado (no caso em que "casa" se torne "cara", por exemplo) ainda assim teremos a certeza que o significado do texto terá mudado. Ou seja, temos o 100% de probabilidade do significado do texto ser distorcido.
Na genética, ao contrário, muitas mutações randômicas até em genes codificadores de proteínas são neutras quanto à funcionalidade daquela proteína. Mudar um nucleotídeo naquela sequência, muitas vezes, resulta na mesma proteína, se entendermos como "mesma proteína" uma proteína que não apresenta necessariamente a mesma sequência primária, mas que apresenta a mesma sequência secundária, terciária e desempenha a mesma função (ou seja, apresenta as mesmas propriedades bioquímicas).
Em outras palavras, como já expliquei , a informação não é específica!
Fonte: billdembski.com/intelligent-design/specified-compl…
7 months ago (edited) | [YT] | 14
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APÓS URÂNIO DECAI PARA HÉLIO, AGORA TEMOS C14 QUE DECAI PARA C12
A internet é um lugar incrível, parece um zoológico humano onde é possível encontrar e estudar espécies raras, como bancários aposentados que revolucionaram tudo o que nós sabemos sobre geologia com cálculo de juros compostos, professores de sociologia que revolucionaram a cosmologia e acabaram com a teoria do Big Bang com o auxílio de slides PowerPoint, especialistas em galos que já revolucionaram tudo o que nós sabemos sobre genética com vídeo de YouTube e, por fim, "doutores em química" formados na Wikipedia que, após o "Urânio?? Urânio decai para hélio!" decidiram que agora o C14 decai para C12 😂
7 months ago (edited) | [YT] | 20
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Especialista em genética formado em TI, aprenda como se constroi uma demonstração, com tese, premissas e conclusão
7 months ago | [YT] | 16
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Mas não me diga?? 😅
7 months ago | [YT] | 23
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