Meu nome é Richard. Há 6 anos atrás decidi largar uma carreira corporativa para tentar viver o sonho de trabalhar e produzir vídeos pelo mundo. Você acaba de visualizar esse sonho. Por aqui você vai encontrar documentários, webséries, vlog de viagem e tudo que envolve uma boa vivência na estrada. Aproveite pra conhecer o documentário UM MOCHILEIRO na ESTRADA REAL, a websérie #america300 e o documentário UM MOCHILEIRO no CAMINHO de CORA CORALINA


Vida de Mochila

Foi uma jornada e tanto. 10 anos. Você se lembra qual foi a última vez que você se comprometeu a fazer algo quase todos os dias por 10 anos? Quando eu comecei no youtube, nada disso era profissão. Eu entrei pelo hobbie mesmo, o pior que poderia acontecer era eu ter boas lembranças de sonhos que tirei da gaveta e algumas novas amizades. Mas depois dos primeiros 4 anos a gente foi muito além. Virou uma comunidade. Uma que discute nos comentários, que serve de inspiração pra viajar, mas principalmente, pra olhar pra vida de um jeito diferente. Muito obrigado a todos vocês que me acompanharam por todos esses anos. Vocês são foda! Ainda temos muito chão pela frente e devo muito disso a vocês que sempre tiram um tempinho pra ver nossas prezepadas por aqui. Obrigado de coração ♥️

3 weeks ago | [YT] | 467

Vida de Mochila

TEMOS NOVIDADES!

Esse domingo estreia um novo documentário no canal. Vamos falar sobre a história da Guerra da Bósnia. Há 30 anos, a Europa viveu um dos episódios mais sombrios da sua história recente. Entre 1992 e 1995, Sarajevo foi cercada por 1.425 dias. Uma capital europeia inteira, isolada do mundo, bombardeada e marcada pela fome, pela sede e pelo medo constante de morrer a qualquer momento. Neste documentário, viajamos até a Bósnia e Herzegovina para entender como foi sobreviver ao cerco de Sarajevo e como a guerra deixou cicatrizes que ainda estão abertas 30 anos depois. Será que essa guerra realmente acabou? Como está o país hoje em dia? ps: não recomendamos assistir esse documentário com crianças ou com pessoa sensíveis. Alguns relatos e imagens podem trazer certos gatilhos. Vocês podem ver o trailer e adicionar um lembrete pra ver o documentário no link abaixo: 👇🏼

https://youtu.be/6SECgVK99VI?si=thMg0...

2 months ago | [YT] | 72

Vida de Mochila

Em quais circunstâncias a gente gosta de mentir pra si mesmo?
Fechar os olhos é uma boa maneira de sustentar a fantasia.

Em 2015, eu vivia um momento peculiar da minha vida. Com 25 anos nas costas, eu era novo demais para ser gerente de marketing e velho demais para ser assistente. O cargo de analista é aquele em que você trabalha como gerente, mas recebe como assistente, em busca da tão sonhada promoção.

No papel de contrato, tinha hora pra entrar e hora pra sair, mas a realidade de quem quer “subir de vida” é trabalhar dobrado pra tentar se destacar, mesmo que isso vá contra as regras do contrato CLT. Eu tava de cabeça na missão, mas com o passar dos meses, comecei a sofrer com insônia. Vez ou outra, tomava termogênicos no trabalho, pra garantir que o sono não me procurasse na hora da produtividade.

Antes de começar a surtar, um momento de esperança. Minhas férias estavam para chegar. Na impulsividade de tentar colocar todo meu estresse para fora, comprei uma passagem e decidi viajar sozinho para Colômbia. Eu nunca tinha viajado para lá e tinha certeza que o que eu precisava era gastar um pouco da juventude em algo que não fosse trabalho.

A primeira parada foi Bogotá. Por lá, fiquei na casa de um amigo colombiano que conheci em Goiânia e fui muito bem recebido por ele e por todos os seus amigos. Além de me levar para dar bons rolês pela cidade, não me deixaram pagar nenhuma conta, foi inacreditável. Deixei a cidade com saudades, já achando que seria a melhor viagem da vida.

A segunda parada foi Medellín. Nos anos 90, ganhou o apelido de cidade mais perigosa do mundo, graças ao terror causado por Pablo Escobar. Ali, eu não conhecia ninguém. Mas, assim que desci no aeroporto, já fiz amizade com um francês e decidimos dividir um táxi até o centro da cidade.

Nos primeiros dias, como estava sozinho no hostel, saí puxando conversa com alguns australianos que ficavam no bar. Naquela época, viajar sozinho ainda me dava um pouco de ansiedade; eu era muito jovem para desfrutar a solitude. Queria ter amigos para beber e extravasar comigo. Conversa vai, conversa vem, e eles me chamaram para acompanhá-los em um jogo do Atlético Nacional que ia rolar naquela noite, e eu topei na hora.

Antes de ir, eles foram ao banheiro e, quando voltaram, pareciam um pouco mais empolgados do que antes. Eu achei que fosse só álcool, mas aos poucos fui reparando que era energia demais. Antes de entrar no estádio, eles queriam fazer um corre para comprar mais coc4ína, mas ali eu já tava querendo vazar. Os caras insistiram comigo, me encheram a paciência, rolou uma discussão, um clima tenso, até que eu virei de costas, saí andando e me livrei deles.

Os próximos dias foram mais leves. Consegui aproveitar a cidade, fazer bons amigos, e, apesar de ter ter tomado alguns sustos caminhando pelo centrão da cidade, senti que era uma cidade maneira. Mas, se fosse passar mais tempo por ali, eu deveria ter um pouco mais de malícia para aproveitar.

Meu último destino foi Cartagena. Escolhi um hostel baladinho para curtir as festas, e não apenas as praias, mas foi a cidade que eu menos gostei. Sentia um clima pesado; era muito nítido o turismo sexual rolando ao redor da cidade, durante o dia e à noite. O tempo todo havia gente tentando me vender drog4s, de forma insistente, daquelas que incomodam.

Eu decidi fechar os olhos para essas partes mais inconvenientes e fui aproveitar as férias; afinal, eu já tinha pago uma grana e tinha que aproveitar as únicas férias do ano. Nesse meio tempo, conheci gente do mundo inteiro e curti praias bonitas. Mas, quando fui nadar em um rio, pisei em um caramujo e acabei cortando a sola do pé.

Eu, jovem inocente, não tinha seguro viagem. Tentei atendimento no hospital para fazer os pontos, mas ninguém me atendeu. Depois de esperar mais de seis horas, voltei ao hostel e o gerente disse que seu primo, que fazia enfermagem, poderia costurar os pontos. Ele foi até o hostel e fez quatro pontos entre os dedos, na sola do pé, sem anestesia, enquanto uma galera tomava cerveja e fazia piada da situação ao meu lado.

A dor foi horrível, e os próximos dias de viagem foram todos com esse pé lascado. Os pontos abriram um pouco no dia seguinte. O voo para casa foi ainda mais terrível. Meu pé inchou durante a viagem e a vontade que eu tinha era arrancá-lo para parar de sentir aquela dor.

Quando voltei ao trabalho, meus amigos queriam saber como foi o mochilão. Nessa hora, eu não fiz uma análise das partes boas e das partes ruins. Eu só contei pra eles todas as partes boas e simplesmente ignorei todas as partes ruins. Não fazia sentido, na minha cabeça, avaliar os dois lados. Eu paguei muito dinheiro nessa viagem; minhas únicas férias naquele ano estressante. Elas precisavam ser PERFEITAS. Se eu omitisse algumas coisas pra eles, seria mais fácil mentir pra mim mesmo.

Alguns anos depois, eu larguei aquele trabalho e fui viver e trabalhar como produtor de conteúdo de viagem. Agora o meu “papel” era ajudar as pessoas a viajar mais. Seja para desestressar, seja para autoconhecimento, ou até pra expandir o conhecimento geral sobre o mundo. Com esse objetivo, mais uma vez, não fazia sentido fazer um conteúdo falando as partes boas e ruins de cada destino. Principalmente quando sabia que as partes ruins poderiam ter o efeito contrário.

Em 2021, eu consegui realizar uma transição que foi fundamental para o meu trabalho. Meu canal no YouTube, depois de 3 anos subindo videos recebendo quase nada em troca, deu uma engrenada. E, por fim, passei a não depender mais financeiramente do Instagram. Por lá, era muito difícil falar sobre as partes boas e ruins de viajar para qualquer destino. Tudo é muito superficial e raso. Mesmo se usasse todos os caracteres da legenda, seria um lugar quase preto no branco. Ou você é um crítico, ou um romântico. Não há muito espaço para profundidade e senso crítico.

Com o tempo, em vídeos de 30 a 50 minutos, ficou mais fácil ir trazendo contextos mais complexos para os destinos. Falar das partes boas e ruins, com algum contexto, deixando tudo mais completo.

Quero ajudar as pessoas a viajar, mas não quero iludir ninguém. Viajar envolve desprendimento de tempo, de dinheiro e, muitas vezes, de sonhos. Por isso, é importante ver ela como é e não como um filme romântico da sessão da tarde, onde você já tem a certeza do final feliz.

Para ver mais textos como esse, se inscreva no meu Substack:
vidademochila.substack.com/

2 months ago (edited) | [YT] | 346

Vida de Mochila

Existe uma cidade na Europa onde torres de mesquitas se misturam com cúpulas de igrejas, onde o chamado para a oração ecoa lado a lado com os sinos católicos e ortodoxos. Uma cidade moldada por impérios que vieram e se foram. Otomano, austro-húngaros, e que deixou, em cada pedra, a marca de séculos de convivência e também de conflitos.

Aqui, fronteiras parecem perder o sentido. É como se o Oriente tivesse estendido a mão ao Ocidente, e o resultado fosse um lugar único, intenso, cheio de contrastes. Muitos a chamam de Jerusalém da Europa. E hoje, eu quero te levar para caminhar por essas ruas, para sentir como o mundo inteiro parece caber dentro de um só lugar.

2 months ago | [YT] | 37

Vida de Mochila

Salve família!

Amanha é dia de fazer nossa segunda LIVE diretamente da Rota da Seda.
Vamos estar ao vivo ás 14:00 aqui no canal ou no link:
youtube.com/live/jmcI-1pa3k0

Quem quiser ir adiantando algumas perguntas, mandem por aqui que ja vamos
respondendo primeiro na LIVE.

Aquele abraaaaço!

2 months ago | [YT] | 164

Vida de Mochila

Nós estamos saindo da união européia e no vídeo de terça, vamos pontuar os pontos positivos e negativos da nossa viagem por Portugal, Espanha, França, Itália e Croácia. Quais desses países vocês mais gostaram de ver por aqui na websérie Rota da Seda?

3 months ago | [YT] | 248

Vida de Mochila

Essa semana chegamos a marca de 800 vídeos publicados no youtube. Mais do que celebrar inscritos, é preciso também celebrar as marcas que dependem da gente. Eu não sei quantas pessoas vão gostar ou não do que estamos fazendo.

Mas alguns anos atrás eu me dei a meta de produzir 1.000 vídeos pro canal. Vlogs, botecos mochileiros, webseries, documentários. Foram muuuitos anos trabalhando e talvez eu consiga chegar antes dos 37 anos.

Me inscrevi no youtube em 2015, mas só comecei a subir vídeos com frequência em 2016. Quase 10 anos pra chegar aqui. Quem chegou nos últimos 3 anos não tem a mínima noção do tanto que foi trabalhoso tirar todos esses projetos do papel.

America300, Origens, as longas temporadas na Bahia, Alagoas. As peregrinações, Faces de Cuba, Sertão Adentro, Goiás: coração do Brasil. Foram tantos projetos que parecem uma vida inteira.

800 vídeos, 32 milhões de visualizações e mais de 12mil horas de tempo de exibição. Nesses quase 10 anos de trabalho. Demorou pelo menos uns 3 anos trabalhando sem receber quase nada.

Hoje em dia é fácil crescer no youtube, mas quando eu comecei não tinha shorts, SmarTV com fibra óptica. Era muuuito mais difícil levantar comunidades. 12 milhões de horas assistidas não é uma marca fácil de alcançar.

Muuuito obrigado a todos vocês que seguem firme comigo ao longo de todos esses anos. Quem sabe a gente não chegue nesses mil vídeos no própria Rota da Seda? 👀

3 months ago | [YT] | 504

Vida de Mochila

Tardeee família! Episódio 18 vai pro ar amanhã ás 12h, porque o episódio extra da semana saiu ontem e não deu tempo de muita gente assistir. Aquele abraaaço! Obrigado pelo carinho de sempre!

4 months ago | [YT] | 64

Vida de Mochila

Bom dia família!

Essa semana vamos ter 3 episódios da webserie Rota da Seda. O episódio “extra” vai ser publicado hoje (18/07) ás 12h e vai ter 20 minutos de duração, tempo bom pra assistir no almoço hehehe! Aquele abraço e obrigado pelo carinho de sempre! #vidademochila #rotadaseda

4 months ago | [YT] | 329

Vida de Mochila

Faz sentido viajar para onde você não tem vontade de ir? 

Às vezes, a gente precisa romper certas barreiras invisíveis para descobrir o mundo de um jeito diferente.

Eu tenho muitos amigos nômades. Mas é impressionante como somos diferentes em alguns aspectos. Uma das coisas que me impressiona neles é a capacidade de conseguir escolher e viajar quase que sempre, para lugares que querem ir, e pronto. 

Às vezes, eu não sei se tenho inveja ou se apenas fico me questionando por que não posso ser assim. Minha vida seria um pouco mais simples. Eu já trabalho pela internet e sinto que tenho total capacidade de produzir conteúdos diversos, mesmo morando 6 meses em um lugar que conheço muito bem. MAAAAAAAAAAS, isso não me motiva.

Isso não me brilha o olho. Não é porque tenho problemas com rotina. Pelo contrário. Hoje, tudo o que queria era um pouco disso. Porém, quando o assunto é viajar, parte do meu tesão é chegar a um lugar extremamente aleatório, ou que eu nunca imaginei estar, olhar ao redor e me perguntar: Como eu vim parar aqui?

Você se lembra qual foi a última vez que ligou a TV e assistiu um filme que você não escolheu até o fim? Quando eu era pequeno, houve um momento específico na minha vida. Eu ficava sozinho em frente à TV das 14h até as 18h no trabalho dos meus pais até chegar chegar o fim do expediente e me levaram pra casa.
Essa é a primeira recordação que tenho de desenvolver um hábito.

Independente de qual fosse o filme, eu assistia à Sessão da Tarde até o fim. Eu não escolhia o filme; a programação decidia. Às vezes, era muito ruim; outras, eu dormia de tão chato, mas também havia filmes incríveis,  e eu terminava em lágrimas. 

Em nenhum dos casos eu eu questionava se deveria ou não assistir ao filme. Se o diretor era bom ou ruim, se tinha Oscar ou não. Eu simplesmente me lançava ao acaso e deixava ele me surpreender ou não.

Quando o filme era bom, eu sentia uma sensação maravilhosa, provavelmente muito maior do que se tivesse escolhido, porque fui sem nenhuma expectativa.  Se fosse ruim, eu não sentiria que “perdi tempo, porque já tinha aquele tempo comprometido com o acaso e isso fala por só. 
Quando o assunto é viagens, eu gosto de “projetos”. Risco pontos de partida e de fim em um mapa e jogo o mochilão nas costas.

O que vai acontecer no meio desse trajeto, é uma grande mistura de acasos, recomendações de última hora, cidades aleatórias e pessoas incríveis. Parece loucura, mas é maneira que consegui de planejar para viver o inesperado.
Quando viajei de Goiânia ao México por terra, eu não planejei ter meu mochilão roubado na Patagônia. Não imaginei viver um romance em uma ilha no Chile, como Chiloé, que eu nem sabia que existia. Nunca imaginei estar diante de um vulcão em erupção na Guatemala. Muito menos que todas essas experiências seriam a ponte para conhecer a minha esposa. Essa é a maravilha do acaso.

Em 2025, Lanna e eu estamos nos jogando ao acaso mais uma vez. Estamos fazendo uma viagem de Portugal até a China. Quando decidimos não usar avião, significa que passaremos por dezenas de países sobre os quais sabemos quase nada. 

Como será meu café da manhã no Paquistão? Será que farei amizades na Turquia? Nesse caminho, temos também alguns lugares que, se fosse para a gente escolher, provavelmente não compraríamos uma passagem. Mas essa é a beleza do acaso. Ele pode te pegar de surpresa e te mostrar um jeito de ver a vida simplesmente incrível.

Para acompanha nossa saga até a China, você pode acompanhar websérie Rota da Seda aqui no canal, onde publicamos novos episódios toda Terça (18h) e sábados (12h).

Para ver mais textos como esse, deixe seu e-mail no meu Substack: open.substack.com/pub/vidademochila

4 months ago (edited) | [YT] | 947